O Grupo de Pesquisa Avaliação e Intervenção Psicossocial (GEP-inPSI) foi criado em 1996, período em que se discutia a implementação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, que possibilitou classificar e diferenciar Instituições de Ensino Superior pela capacidade de produzir ciência e formar pesquisadores. Tal momento trouxe a necessidade de os programas de pós-graduação organizarem a produção do conhecimento de forma integrada, com questões socialmente relevantes e temáticas transversais e não especificas.
Décadas de atuação na Pesquisa em Psicologia
O programa de Pós-graduação em Psicologia da PUC-Campinas instituiu grupos de pesquisa de acordo com os interesses dos pesquisadores. Assim, o GEP-inPSI se integrou à temática da Avaliação Psicológica, com foco em características sociais e emocionais do desenvolvimento de crianças e adolescentes na perspectiva das intervenções preventivas. Com o passar do tempo, alguns momentos se destacaram, conforme mostra a linha do tempo abaixo.
LINHA DO TEMPO
1.
2.
3.
1996-2000
2001-2010
2011- Presente
No decorrer da trajetória do grupo, fundamentos teóricos e processos de investigação foram se constituindo como premissa básica para as propostas de avaliação e acompanhamento do ser em desenvolvimento, pautadas na compreensão marxista de Homem e da realidade social.
Partindo desta perspectiva, contextualizou-se o espaço do desenvolvimento humano como determinado pelas condições estruturais da ordem capitalista e se reconfigurou o estudo e a compreensão de fenômenos psicossociais que afetam e determinam a constituição do ser em desenvolvimento e sua subjetividade. Destaca-se a necessidade de uma visão crítica do papel e da ação do psicólogo e do conhecimento psicológico.
Aspectos que marcaram o movimento do GEP-inPsi
Processo crítico de pensar a psicologia e sua contribuição para mudanças radicais no contexto social
Transição de um modelo de avaliação e pesquisa quantitativa para qualitativa, incorporando elementos subjetivos nas análises sobre as dimensões estudadas, uma reorganização metodológica de processos de coleta de informações no trabalho do psicólogo dentro da escola, uma transição do eixo central de intervenção do ambiente educativo para o comunitário.
Apropriação de teorias marxistas para compreensão de uma realidade não pensada no modelo vigente
Esforço em compreender a teoria marxista de Homem e de Mundo, suas consequências para a produção de uma nova psicologia liberta de ser refém de uma sociedade capitalista – a perspectiva crítica para ser uma alavanca de construção de uma sociedade socialista. Ao longo destes últimos anos, o grupo se apropriou de elementos essenciais e periféricos da teoria marxista e construiu uma rede de produção e interlocutores nesta temática. Fazer avançar o conhecimento depende de múltiplas interlocuções.